ADRS assina Termo de Cooperação técnica com Centro de Mamíferos Aquáticos

Placa de inauguração do Projeto Peixe-boi

Cajueiro da Praia

A preparação das Regatas, que à tarde concorreram entre si

Governo do Estado do Piauí, o Instituto Chico Mendes, o IBAMA, a Prefeitura de Cajueiro da Praia e o Centro de Mamíferos Aquáticos/ICMBio inaugurou na última sexta-feira(12), ás 9h no município de Cajueiro da Praia(PI), a nova sede da Base do Peixe-Boi Marinho. Na mesma data foi lançado também, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade do Piauí.
Estavam presentes o Governador Wellington Dias, o Superitendente do IBAMA, Romildo Mafra, o Secretário de Turismo, Silvio Leite, o Secretário de Educação do Piauí, Deputado Antonio José Medeiros, Secretário de Meio Ambiente, Dalton Macambira, o Superintendente do ICMBio Nacional, Rômulo Melo, a Gerente Executiva da ADRS, Ingrid Clark, a Chefe da APA do Delta do Parnaíba, Silmara Erthal, Márcio Barragana, responsável pela implantação do Centro de Mamíferos Aquáticos em Cajueiro da Praia, a Deputada Estadual Flora Isabel, os Deputados Estaduais Moraes Sousa Filho, Fábio Novo e João de Deus, os Deputados Federais Paes Landim, Antônio José Moraes Sousa e Nazareno Fonteles, além dos Prefeitos de Parnaíba, José Hamilton, de Buriti dos Lopes, Ivana Fortes e de Cajueiro da Praia, Girvaldo Albuquerque.

Apesar de possuir o menor litoral do território brasileiro (66k), o Piauí possui, na região de Cajueiro da Praia, em suas águas uma considerável população de peixes-bois marinho (Trichechus manatus), entre 25 e 30 indivíduos. Isso ocorre porque não há a caça de peixe-boi no Estado. Os pescadores da região sempre tiveram uma convivência pacífica com esse animal, uma tradição secular de preservação e, hoje, o peixe-boi é símbolo da cidade. No projeto já nasceram quatro filhotes.

A nova sede da Base do Peixe- Boi será mais um instrumento de monitoramento e preservação dessa espécie que esta ameaçada de extinção, um laboratório natural para subsidiar pesquisas e políticas de preservação da biodiversidade, fomentar o trabalho e campanhas de conscientização ambiental e formação da cidadania através de informações ambientais a escolas, universidades, população e turistas, possível a gerador de emprego e renda a comunidade local que será capacitada para a recepção dos turistas e a promoção de eventos a exemplo da Regata e Ciclismo do Peixe-Boi Marinho que já são eventos tradicionais na região e fazem parte dos festejos de aniversário do município de Cajueiro da Praia

A torre de observação do Peixe-boi em Cajueiro da Praia mede 7,5 m de altura e fica no mar a 1.500 metros e de acordo com a espera dá para se ver bem os animais.O transporte dos turistas até a torre de observação é feito com canoas à vela, pois os motores deixam os peixes-boi perturbados. Estas atividades são feitas em parceria do Ibama com a Associação de condutores de grupo (guias) da Praia de Itam. Os horários de visitação dependem da maré.

O Centro é composto de Auditório, Museu, Área de Vivência, Recepção e lojinha de venda de souvenirs (peixes-bois de pelúcia, bonés, camisetas, chaveiros etc).

O Centro de Mamíferos Aquáticos de Cajueiro da Praia é de grade relevância para toda a região, inclusive para a Rota das Emoções, já que das 11 representações do ICMBio ao longo do Brasil, 1 está em Parnaíba como Coordenação Regional para os Estados do Maranhão, Piauí e Ceará.

Extinção

O Trichechus manatus, nome científico da espécie do peixe-boi marinho, consta da lista de animais ameaçados de extinção do Ibama desde 1989. Segundo cálculos do IBAMA, cerca de 500 animais da espécie vivem no litoral do Brasil. No Piauí, o número varia entre 25 e 30.

Além da espécie marinha, no Brasil existem também peixes-boi da espécie amazônica --Trichechus inunguis--, classificada como vulnerável à extinção, segundo o Plano de Ação de Mamíferos Aquáticos do Brasil, do Ibama.

Em 1980, foi criado o "Projeto Peixe-Boi" pelo governo federal para avaliar a situação em que se encontrava a espécie marinha. e O Proejto no Piaui atua desde 1994.

Em seu site, o Ibama informa que, desde a criação do projeto, 35 peixes-boi foram salvos de cativeiros inadequados ou da morte após encalharem em praias do litoral nordestino